sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Dr. Fernando Macedo fala sobre Reprodução Humana

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Por Paulo Sawaya - São José dos Campos



Reproferty – Dr Fernando Macedo

Avança no Mundo da Reprodução Assistida com técnicas avançadas, aumentando a sua possibilidade de sucesso.

1- “Super ICSI”: Possibilita a escolha do melhor espermatozóide.

2- Spindle View: Possibilita a escolha do melhor óvulo.

3- Hatching: Facilita a implantação do pré embrião.

Com essas técnicas podemos escolher os melhores óvulos e espermatozóides assim obtemos melhores embriões e, conseqüentemente, aumentamos as taxas de gravidez.

Super ICSI

Em 1992, a escola Belga revolucionou a infertilidade quando desenvolveu a técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides) na qual um único espermatozóide é introduzido no óvulo.

Habitualmente, esse procedimento é realizado sobre um microscópio que permite a visualização do espermatozóide com um aumento de apenas 400 vezes.

Hoje, sabe-se que danos no DNA dos espermatozóides poderiam explicar falhas na obtenção de embriões pela técnica de ICSI, além disso produziriam um aumento das taxas de abortamento precoce. No CRH Prof Franco Jr demonstrou-se que danos do DNA dos espermatozóides estão correlacionados diretamente com a presença de vacúolos na cabeça dos espermatozóides.

Recentemente, através de um sofisticado sistema de lentes de amplificação de imagens é possível realizar uma nova técnica de ICSI (batizada carinhosamente em nosso serviço como SUPER-ICSI) onde obtem-se um aumento de 4.000 a 6.000 vezes permitindo a visualização com segurança destes vacúolos.

Pesquisadores israelenses e franceses em estudos comparativos verificaram que com o antigo ICSI as taxas de gravidez obtidas eram de 25% e com o "SUPER-ICSI" as taxas de gestação atingiram 60% em casos de alterações do esperma. A Clínica Reproferty inicia com o "SUPER-ICSI" em 2007 .

Hatching

Apesar dos grandes avanços nas técnicas de Reprodução Assistida, principalmente após a melhora das taxas de fertilização com a microinjeção de espermatozóide (ICSI), as taxas de implantação continuavam inalteradas. Uma das possíveis causas seria a incapacidade dos blastocistos de aderirem ao endométrio e sofrerem o processo de hatching causada por condições de cultura inadequadas.

A técnica de Assisted Hatching consiste na abertura de um "buraco" na zona pelúcida (camada que envolve o embrião) durante o período de desenvolvimento in vitro com o intuito de se facilitar a saída das células do blastocisto através do embrião e sua aderência ao endométrio. É uma técnica que tem sido discutida e gerado controvérsias na literatura médica. Os trabalhos são discordantes e poucos deles têm sido prospectivos e randomizados a ponto de mostrar convincentemente sua utilidade.

Spindle View

Com este recurso é possível impedir os eventuais traumas nos fusos meióticos (Spindle), (estruturas do óvulo fundamentais para o desenvolvimento embrionário), durante a injeção do espermatozóide (view) e favorecer uma fertilização com maior precisão. Desta maneira, é possível obter embriões de melhor qualidade e uma maior taxa de gravidez.



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Fábio Santos
Assessor em Comunicação
Laboratório Oswaldo Cruz - Saúde com qualidade
www.oswaldocruz.com
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Obesidade infantil preocupa governo brasileiro

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Por Paulo Sawaya - São José dos Campos
Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil, indica estudo

Fonte: BBC Brasil

As crianças e adolescentes brasileiros estão chegando perto dos americanos da sua faixa etária em índices de obesidade e, se não se cuidarem, poderão se tornar os novos gordinhos do século 21, indica um estudo inédito de pesquisadoras da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

O trabalho do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Uerj analisou 260 alunos de 10 a 19 anos de uma escola pública no Rio de Janeiro e verificou que 15,6% estavam acima do peso recomendado para a sua faixa etária e 11,7% já poderiam ser consideradas obesos. Nos Estados Unidos, 17% estão nessa situação, embora essa categoria não seja adotada.

"Em uma geração, essa situação já pode estar muito parecida com a dos Estados Unidos", afirma a médica de família Débora Teixeira, uma das autoras do estudo. "Nossos padrões alimentares copiam muito o dos americanos: muito açúcar, muito carboidrato."

No Brasil, uma criança tem excesso de peso quando está acima do percentil 85 da curva de índice de massa corporal ideal (IMC) para a sua faixa etária; para ser considerado obeso, é preciso ultrapassar o percentil 95.

O IMC é calculado pela divisão do peso em quilos pela altura da pessoa ao quadrado. No caso de adultos, uma pessoa é considerada acima do peso quando tem um IMC acima de um número determinado.

Para as crianças, foi desenvolvido um gráfico em curva com base em IMCs de crianças do mundo todo. Dessa forma, o índice é inserido em uma faixa mais flexível do que a tabela utilizada para adultos.

"Se uma criança estiver no percentil 85, significa que ela está acima de 85% das crianças daquela faixa etária. Por isso, ela é considerada acima do peso."

EUA

Nos Estados Unidos, o Centro para Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) só considera acima do peso quem estiver no percentil 95.

Mas especialistas como o pediatra Mark Jacobson, da Associação Americana de Pediatria, já consideram a saúde de uma criança comprometida no percentil 85.

Segundo Jacobson, se o cálculo incluísse o percentil 85, no Estado de Nova York, por exemplo, 42% das crianças já poderiam ser consideradas com "excesso de peso". No caso da escola de Vila Isabel analisada pela Uerj, por exemplo, crianças acima do peso e obesas somam 27,3%.

Teixeira diz que o estudo da Uerj retrata uma realidade específica, de uma escola urbana freqüentada por alunos da classe C, mas indica um quadro observado com cada vez mais freqüência no país.

"A gente sabe que o problema está piorando, esse estudo ajuda a gente a ter uma noção se essas pessoas vão melhorar ou não."

Situação "grave"

O endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, ressalta que, embora o Brasil esteja atrás dos Estados Unidos, o problema tem piorado tanto que, se nada for feito, o país pode caminhar para uma situação "até mais grave" do que a americana.

"Nós ainda estamos passando por uma mudança, com aumento do acesso a TV, automóvel e telefone. Nos Estados Unidos, eles já passaram por isso há 40 anos."

Jacobson também vê o risco de o Brasil seguir o caminho dos seus compatriotas. "Há semelhanças: as crianças estão mais urbanas, há menos oportunidades para atividades físicas, o fast-food está se disseminando", diz o pediatra, que já fez diversas palestras sobre o assunto no Brasil.

Uma criança obesa não só tem mais chances de se tornar um adulto obeso como aumenta as suas chances de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.

"É muito assustador porque a quantidade de pessoas que têm já problema de pressão, obesidade, diabetes é muito grande", afirma a médica Maria Inez Padula Anderson, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e uma das autoras do estudo.

"Isso (o estudo) faz a gente imaginar que a criança vai estar na mesma situação em uma idade anterior", acrescenta.

Além dos problemas físicos, a criança tende a enfrentar problemas de auto-estima que podem dificultar os seus relacionamentos e aprendizado escolar, acrescenta Débora Teixeira.

Família

Com base em estudos recentes que indicam que a obesidade dos pais é o maior fator de risco para uma criança se tornar obesa, as pesquisadoras da Uerj também avaliaram a relação entre a silhueta dos pais e a dos filhos.

De acordo com os resultados, 37,9% dos meninos acima do peso relataram ter pais com esse problema; entre os jovens com peso normal, esse índice foi de 28,7%.

O fato de as crianças que participaram do estudo serem de classe média/classe média baixa também é interpretado pelos pesquisadores como um sinal de que pelo menos hoje no Brasil não é preciso ser rico para comer demais.

Na realidade, segundo Teixeira, a pobreza pode ser "um fator de risco" para a obesidade, já que os alimentos mais baratos hoje em dia são os industrializados, com alto índice de açúcar e gordura.

Para a médica, mais acostumado a debater problemas como a fome e a desnutrição, o Brasil ainda precisa acordar para a complexidade do problema de obesidade.

"A consciência de que a obesidade é uma doença, um problema de saúde grave, é recente, não tem mais de dez, 15 anos", diz a pesquisadora. "O povo brasileiro tem uma preocupação grande com a estética, mas falta compreender o problema do ponto de vista da saúde."




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Paulo Sawaya
Depto de Comunicação e MKT
Laboratório Oswaldo Cruz - Saúde com qualidade
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