terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva

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Por Dr. Urbano A.P.Carvalho
CRM 75543
- São José dos Campos

















Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva

‘ PRIMO NON NOCERE ‘

Esta frase, atribuída à Hipócrates médico grego (460 a 377 A .C) considerado o pai da medicina moderna, significa “antes de tudo não causar dano”. Tal princípio sempre norteia as decisões médicas em relação principalmente aos métodos diagnósticos e tratamentos.

A partir de um queixa clínica a avaliação médica se faz através de questionamentos pertinentes ao caso (anamnese) seguido de exame físico. Neste ponto, o médico elabora uma hipótese diagnóstica inicial que pode ser corroborada ou não por eventuais exames complementares laboratoriais e/ou de imagem de onde ficamos com uma hipótese diagnóstica definitiva e um plano inicial de tratamento.

O tratamento em si pode ser apenas observação dos sintomas, tratamento clínico ou cirúrgico. Notadamente nesta última hipótese, sempre há um maior receio por parte do paciente e seus familiares, seja pelo medo do desconhecido, pela dor pós – operatória ou por problemas sociais decorrentes do tempo necessário para seu completo restabelecimento às atividades habituais.

Nestes tempos modernos de internet com tudo “on line” e todos em atividades praticamente 24 h por dia, torna-se cada vez mais inaceitável imaginar uma longa convalescença de até 2 meses após um procedimento cirúrgico. Em função desta progressiva demanda e da evolução da medicina tanto no campo estritamente clinico quanto no de medicamentos, equipamentos, próteses e materiais, desenvolveu-se o conceito de cirurgia minimamente invasiva, em que se busca a cura de forma segura, eficiente e com rápida recuperação.

O antigo aforisma médico dito nas faculdades de medicina “Grandes cirurgiões, grandes incisões” perdeu sua razão de ser. O tratamento de tumores ovarianos, tubáreos e uterinos já é feito rotineiramente por vídeo-laparoscopia (cirurgia por pequenos orifícios no abdome de cerca de 1,0 cm); a retirada de útero (histerectomia) pode ser feita tanto por laparoscopia quanto por via vaginal ; a histeroscopia é hoje o tratamento de primeira linha para alterações intra-uterinas tais como pólipos ou miomas intra-cavitários; e as cirurgias de correção de incontinência urinária sofreram uma revolução com o uso de telas sintéticas que elevaram muito os índices de sucesso na comparação com a antiga colpoperineoplastia. Estes são apenas alguns exemplos de procedimentos que antes requeriam longo tempo para recuperação e que hoje em aproximadamente 7 a 15 dias permitem uma vida praticamente sem restrições.

A medicina continua sua busca por tratamentos mais simples, eficazes com menos dor e dificuldades na recuperação, pois sempre temos que ter em mente PRIMO NON NOCERE.

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Paulo Sawaya
Diretor de MKT e Comunicação
Laboratório Oswaldo Cruz - Saúde com qualidade
www.oswaldocruz.com
(12) 3946 3711