quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O USO DE FARMACOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA

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Por Dr.Joao Manuel Faria Simões de Carvalho Maio
- São José dos Campos

Tal como a hipertensão arterial, diabetes melito e hipercolesterolemia - a qual está freqüentemente associada - a obesidade é uma doença crônica, e como tal deve ser tratada.

A associação de medicamentos à mudanças no estilo de vida, focados no tratamento da obesidade - desde que sob orientação e observação médica - não só é necessária como em alguns casos deve ser mantida pelo resto da vida.

Esse é o consenso científico da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), endossado no XIII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica realizado em Salvador em agosto deste ano, face ao crescimento global da obesidade, da dificuldade também crescente de mudanças no estilo de vida e das evidências de que após alguns anos de tratamento não farmacológico o paciente recupera parte ou a totalidade do peso perdido .

O uso correto de medicamentos nesse tipo de tratamento deve obrigatoriamente associar mudanças de atitude por parte do paciente que englobe uma reeducação alimentar associado a pelo menos, 150 minutos semanais de atividade físicas.

Na escolha de um ou mais medicamentos para um determinado paciente deve-se considerar os diversos aspectos associados à obesidade tais como IMC, hábitos alimentares, experiências de tratamentos anteriores, patologias associadas, além do nível de tolerabilidade do paciente a esses medicamentos.

As respostas são variáveis quanto à eficiência e efeitos colaterais, a experiência clínica mostra que há pacientes que respondem muito bem a qualquer tipo de medicamento anti-obesidade, assim como outros respondem mal.

Outra constatação, é a de que a obesidade é mais freqüente em mulheres, assim como o tratamento em mulheres também é mais difícil.

Infelizmente o arsenal terapêutico do qual se dispõe ainda é limitado, razão pela qual o acompanhamento nutricional e muitas vezes também psicológico, associado à obrigatoriedade de manutenção mínima de exercícios físicos diários e, antes de mais nada, à uma atitude pró-ativa do paciente, são indispensáveis para o sucesso do tratamento.


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