terça-feira, 12 de fevereiro de 2008



TOC no filho, fique atento!

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma doença crônica, de origem genética que não afeta o raciocínio ou as habilidades físicas do paciente, mas compromete a auto-estima e o comportamento destas pessoas. A pessoa tem fases cíclicas de comportamentos obsessivos e compulsivos. O indivíduo passa a ficar refém de um pensamento ou comportamento, e não consegue conter o impulso de agir de forma repetitiva. Embora usualmente apresente seus primeiros sintomas por volta dos 14 ou 15 anos no sexo masculino, e na faixa dos 25 aos 35 anos no feminino, pode também ter início na infância. E costuma apresentar características semelhantes nas diferentes faixas etárias. Um determinado comportamento (lavar as mãos, desenhar a mesma figura no papel, etc...) ou pensamento(medo de doenças, dor, morte etc...) fica repetitivo. Entre 30% e 50% dos adultos com o distúrbio iniciaram o quadro na infância. Em média, o tempo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a procura de tratamento é de 10 anos, o que pode ser ruim para o indivíduo, uma vez que a criança passa a se sentir culpada por irritar as pessoas com hábitos incomuns, que chegam a comprometer as tarefas escolares e domésticas. As pessoas com diagnóstico de TOC têm que ingerir medicamentos que são basicamente antidepressivos em doses maiores do que aquelas utilizadas para depressão usual. O tratamento também inclui a psicoterapia. O problema é que não repetir o comportamento ou pensar sobre ele que gera ansiedade. Deve-se ensinar a pessoa a lidar melhor com a sensação ansiosa causada pela ausência da repetição, fazendo uma terapia cognitiva comportamental. Nos casos de TOC, com o tratamento combinado (medicamento e psicoterapia), durante um a dois anos
ininterruptos, o portador da doença tem mais chances de não apresentar recaídas. D.A.Chavira e colaboradores, psiquiatras da Universidade da Califórnia em San Diego, compararam as características da TOC recém descoberta em 26 pacientes latinos que vivem na Costa Rica, com 52 indivíduos americanos. Os americanos tinham testes da doença mais alto que os latinos. Tinham os pacientes brancos e americanos várias alterações associadas distúrbios do humor [64,7% versus 34,6%], uso do álcool [21,3% versus 3,8%], uso de maconha [19.1% versus 0%],outras drogas. Os autores concluem que a etnia tem influência no aparecimento da TOC, mas esses fatores sociais e comportamentais podem influir.



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Fábio Santos
Assessor em Comunicação
Laboratório Oswaldo Cruz - Saúde com qualidade
www.oswaldocruz.com
(12) 3946 3711 ou (12) 8116 0177

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