sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

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Portadores de HIV do Brasil demoram para buscar tratamento

O acesso dos portadores de HIV ao sistema de saúde é tardio no Brasil, o que dificulta o tratamento. Para mudar o quadro, o Ministério da Saúde quer intensificar o uso dos testes rápidos nas unidades médicas, disse nesta quinta-feira a diretora do Programa Nacional de DST/Aids, Mariangela Simão. "O diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de melhorar as condições de vida das pessoas portadoras do vírus."

O relatório "UNGASS: Resposta Brasileira à Epidemia de Aids 2005-2007" mostra que 43,7% das pessoas que buscam acompanhamento clínico já estão com uma deficiência imunológica severa ou com quadro com sintomas da Aids. Óbitos no início de tratamento acontecem em 28,7% dos casos.

O relatório ressalta, porém, que o índice de acompanhamento tardio está dentro do registrado em países desenvolvidos, onde varia entre 15% e 45%.

Há diferenças entre a busca por tratamento conforme as regiões do país. A região Sul tem o menor índice de início tardio, com 40,8%. Já a Norte é onde os portadores do HIV iniciam o tratamento mais tarde --50,3%.

No país, o tratamento aos portadores de HIV atinge 94,8% dos pacientes, sendo que 97,2% permanecem vivos após 12 meses de tratamento e 91% após quatro anos de tratamento.

Segundo o relatório, a busca tardia pode ser atribuída ao medo do diagnóstico, à dificuldade de acesso ao serviço ou a não-identificação da pessoa como vulnerável à doença. Simão ressalta que é importante fazer o teste quando a pessoa compartilhou agulhas ou fez sexo desprotegido, pois o tratamento tardio aumenta o risco de morte, os custos ao sistema público de saúde e também o risco de transmissão.

Testes rápidos

Para combater esse quadro, o Ministério da Saúde amplia a aplicação dos testes rápidos, em que o resultado sai no mesmo dia. No teste rápido são realizadas duas coletas de sangue. Se ambas indicarem positivo ou negativo, não há necessidade de contraprova. Se os resultados forem distintos, é realizado um terceiro teste ou o sangue é encaminhado a um laboratório.

"Com certeza o teste rápido facilita o tratamento. É claro que a pessoa precisa se dispor a fazê-lo, mas o serviço de saúde também tem que facilitar o acesso", disse a coordenadora. Em 2005, foram 510 mil testes e em 2007 o total chegou a um milhão.

O Ministério da Saúde estima que 600 mil pessoas vivem no Brasil com HIV ou Aids. Ao todo, 180 mil estão em tratamento.



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Fábio Santos
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

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TOC no filho, fique atento!

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma doença crônica, de origem genética que não afeta o raciocínio ou as habilidades físicas do paciente, mas compromete a auto-estima e o comportamento destas pessoas. A pessoa tem fases cíclicas de comportamentos obsessivos e compulsivos. O indivíduo passa a ficar refém de um pensamento ou comportamento, e não consegue conter o impulso de agir de forma repetitiva. Embora usualmente apresente seus primeiros sintomas por volta dos 14 ou 15 anos no sexo masculino, e na faixa dos 25 aos 35 anos no feminino, pode também ter início na infância. E costuma apresentar características semelhantes nas diferentes faixas etárias. Um determinado comportamento (lavar as mãos, desenhar a mesma figura no papel, etc...) ou pensamento(medo de doenças, dor, morte etc...) fica repetitivo. Entre 30% e 50% dos adultos com o distúrbio iniciaram o quadro na infância. Em média, o tempo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a procura de tratamento é de 10 anos, o que pode ser ruim para o indivíduo, uma vez que a criança passa a se sentir culpada por irritar as pessoas com hábitos incomuns, que chegam a comprometer as tarefas escolares e domésticas. As pessoas com diagnóstico de TOC têm que ingerir medicamentos que são basicamente antidepressivos em doses maiores do que aquelas utilizadas para depressão usual. O tratamento também inclui a psicoterapia. O problema é que não repetir o comportamento ou pensar sobre ele que gera ansiedade. Deve-se ensinar a pessoa a lidar melhor com a sensação ansiosa causada pela ausência da repetição, fazendo uma terapia cognitiva comportamental. Nos casos de TOC, com o tratamento combinado (medicamento e psicoterapia), durante um a dois anos
ininterruptos, o portador da doença tem mais chances de não apresentar recaídas. D.A.Chavira e colaboradores, psiquiatras da Universidade da Califórnia em San Diego, compararam as características da TOC recém descoberta em 26 pacientes latinos que vivem na Costa Rica, com 52 indivíduos americanos. Os americanos tinham testes da doença mais alto que os latinos. Tinham os pacientes brancos e americanos várias alterações associadas distúrbios do humor [64,7% versus 34,6%], uso do álcool [21,3% versus 3,8%], uso de maconha [19.1% versus 0%],outras drogas. Os autores concluem que a etnia tem influência no aparecimento da TOC, mas esses fatores sociais e comportamentais podem influir.



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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

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Clínica nos EUA cria mesa de escritório que 'queima calorias'



Com novo aparelho, queima calórica seria maior


Especialistas em obesidade dos Estados Unidos anunciaram ter criado uma mesa de escritório que ajuda as pessoas a se exercitarem enquanto trabalham.

O equipamento é uma espécie de esteira, na qual estão acoplados um computador e um teclado.

Ele também possui prateleiras para papéis, porta-lápis e outros objetos de escritório, e pode ser ajustado para que se trabalhe caminhando, em pé ou sentado.

Segundo a Mayo Clinic de Nova York, que desenvolveu o aparelho, ele pode ajudar obesos a perder até 30 quilos por ano.

Queimando calorias

A clínica testou a novidade com 15 voluntários obesos e concluiu que eles queimavam cerca de 191 calorias por hora, comparadas com 72 calorias queimadas quando eles estavam sentados em suas mesas comuns.

Os voluntários que fizeram parte dos testes tinham empregos sedentários e não se dedicavam à prática de atividades físicas.

Ao usarem o equipamento, eles caminhavam a uma velocidade de cerca de 2 km/h.

"Se em vez de se sentar em frente ao computador, as pessoas caminhassem enquanto trabalham, o gasto energético pode aumentar em até 100 calorias por hora", disseram os autores do estudo, em um artigo publicado no British Journal of Sports Medicine.

"Assim, se indivíduos obesos fizessem essa troca, e se outros fatores se mantivessem constantes, poderíamos ver uma perda de 20 a 30 quilos por ano", afirmaram.

A nova mesa deve chegar ao mercado custando cerca de US$ 2 mil (ou aproximadamente R$ 3,9 mil).

Fonte: BBC Brasil



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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

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Morte por dengue hemorrágica foi recorde em 2007


Os casos de dengue hemorrágica, ou Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), nunca foram tão letais como no ano passado. Em 2007, 158 mortes foram registradas no País. Isso é mais do que o dobro de 2006, ano em que 76 óbitos foram confirmados. O número supera também o recorde anterior de 2002, quando 150 pessoas morreram em conseqüência da doença.

O vírus da dengue tem quatro subtipos. A pessoa que se infecta pela primeira vez adquire a dengue clássica. Curada, fica imune contra esse subtipo específico, mas não contra os outros três. Quando ocorre uma segunda infecção, a doença se manifesta de maneira mais violenta e pode matar.

De acordo com o boletim sobre a situação da dengue no País, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, 559.954 casos foram registrados em 2007, 1.541 de dengue hemorrágica. Procurado pela reportagem, o secretário adjunto de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Fernando Pimenta, não foi encontrado.

Em 2007, 86% dos casos de dengue hemorrágica foram concentrados nos Estados do Ceará, Rio, Maranhão, Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Goiás, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em relação aos óbitos, 64% ocorreram nesses mesmos Estados.

São Paulo registrou o maior número de casos (82.912), enquanto o Rio liderou o ranking das mortes (29). A região Centro-Oeste, no entanto, teve a maior taxa de incidência do País (827 casos por 100 mil habitantes), sendo classificada como de alta incidência de dengue. Em 2007, foram notificados no Centro-Oeste 111.757 casos de dengue e confirmados 192 de hemorrágica, o que causou a morte de 35 pessoas.

CAPITAL DA DENGUE

No Centro-Oeste, ao contrário do resto do País, a transmissão ocorreu, com mais freqüência, nos municípios com população maior que 500 mil habitantes. A capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, foi a cidade brasileira com o maior número de notificações de pessoas infectadas em 2007, 45.515 casos.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde do Estado, Eugênio Barros, a alta taxa de letalidade da dengue hemorrágica foi causada pela circulação de sorotipo 3 do vírus da doença. "Não havia experiência para lidar com as complicações desse sorotipo", diz. A perspectiva para 2008, no entanto, é melhor. No primeiro mês do ano passado, 19.731 pessoas infectadas pela doença já haviam sido identificadas. Em janeiro deste ano, apenas 30.

Segundo Barros, o resultado está abaixo do esperado para essa época do ano, em que o calor e as chuvas proporcionam as condições ideais para a proliferação do vetor da dengue: o Aedes aegypti. O diretor de Vigilância em Saúde, no entanto, evita comemorar.

Com a grande infestação do mosquito em 2007, a quantidade de ovos também foi alta. Em contato com a água, a tendência é que novos vetores sejam formados . "É cedo para nos considerarmos livres da epidemia", diz. "Combater o mosquito adulto é apenas como tentar apagar um incêndio. Precisamos fazer o controle nas casas para impedir a eclosão dos ovos."

Outro Estado que chama a atenção das autoridades sanitárias é o Paraná. Em dezembro, o Estado mostrou que os casos de dengue subiram 827% na região Sul até aquele mês, em relação a igual período de 2006.

Apenas o Paraná foi responsável por 95% desses casos. As cidades mais atingidas foram Maringá, com 8.356 notificações; Foz do Iguaçu, com 4.630 casos; e Londrina, com 3.777. Em 2007, todos os nove casos de dengue hemorrágica registrados no Sul do País ocorreram no Paraná. Cinco casos foram fatais. A proximidade com Mato Grosso do Sul é uma das hipóteses para a epidemia.

Santa Catarina continua sendo o único Estado brasileiro sem transmissão autóctone de dengue, ou seja, adquirida no próprio local. Dos 678 casos registrados, todos foram contraídos em outros Estados.

FORTE REDUÇÃO

O boletim epidemiológico divulgado ontem pelo Ministério da Saúde traz pelo menos uma boa notícia, por enquanto parcial. Há uma clara tendência de queda nos casos de dengue no País na comparação entre janeiro deste ano e do ano passado. Ainda é cedo para comemorar, pois o ministério ainda não recebeu os dados completos dos Estados. Até agora, 7.520 casos foram confirmados em janeiro contra os 53.224 do mesmo período de 2007.

São Paulo registra uma das maiores quedas. De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, até sexta-feira 170 casos haviam sido confirmados. Uma melhora em relação a janeiro de 2007, quando 4.694 pessoas foram infectadas.



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