segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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Cientistas criam antibiótico a partir de larva de mosca


Cientistas britânicos afirmam estar desenvolvendo um antibiótico a partir de larvas de moscas que pode ser eficiente para tratar formas severas de infecção hospitalar.

A equipe de especialistas, da Universidade de Swansea, está criando o medicamento a partir de larvas da mosca verde que poderá, no futuro, combater 12 tipos de infecções causadas pela bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM, muito propagada em ambientes hospitalares.

A bactéria se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro à penicilina e logo depois à meticilina.

A pesquisa, que também envolveu especialistas belgas, nomeou o medicamento de Seraticin e espera que ele poderá ser ministrado na forma de injeção e comprimidos.

Os cientistas afirmaram que são necessárias 20 larvas para adquirir uma gota de antibiótico em sua forma purificada.

O principal pesquisador envolvido no trabalho, Norman Ratcliffe, disse que a equipe está satisfeita com os resultados obtidos até agora.

“Ainda há muito a avançar se explorarmos todos os benefícios desta descoberta”, disse o cientista.

Eficácia

Ratcliffe disse que o próximo passo da pesquisa será confirmar a extensão da eficácia do antibiótico para produzi-lo em larga escala.

O zoologista que forneceu as larvas para o projeto disse que elas têm várias propriedades terapêuticas.

“Elas produzem enzimas que podem limpar feridas e conter a propagação de bactérias”, disse Alun Morgan, do laboratório ZooBiotic.



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Fábio Santos
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Alemanha faz 1º transplante duplo de braços

Médicos de Munique, no sul da Alemanha, apresentaram os resultados do primeiro transplante duplo de braços completos realizado com sucesso.

O paciente, que não teve seu nome divulgado, foi um agricultor de 54 anos que perdeu os membros superiores há seis anos em um acidente com uma máquina agrícola. Ele recebeu outros dois de um rapaz de 19 anos com diagnóstico de morte cerebral em conseqüência de um acidente de carro.

"A operação correu muito bem. Infelizmente não posso comparecer à entrevista coletiva, mas estou à disposição da imprensa em uma ocasião posterior", declarou o paciente, em uma gravação que os médicos executaram para os jornalistas durante a entrevista que sucedeu a cirurgia.

O cirurgião plástico Edgar Biemer, que chefiou a operação, disse que a técnica foi preparada durante cinco anos. Mas só na sexta-feira passada foi encontrado um doador adequado.

Durante o transplante, receptor e doador ficaram em duas salas contíguas. Em um recinto, dois grupos de cirurgiões se encarregaram de retirar ambos os braços do doador enquanto, na outra sala, outros dois times trabalharam cada qual em um lado do tronco do receptor, preparando as regiões na altura das axilas para o transplante.

Um quinto grupo retirou veias de outras partes do corpo para ser implantadas nos braços e melhorar a circulação sanguínea dos membros.

Todo o processo durou mais de 15 horas: começou na noite da sexta-feira, dia 25, e durou até o dia seguinte.

Recuperação

A cirurgia foi realizada pela equipe do hospital da Universidade Técnica de Munique, Klinikum rechts der Isar, que incluiu quase 40 pessoas, entre cirurgiões, anestesistas e enfermeiros.

O paciente passa bem, mas deve ficar internado ainda por cinco semanas.

"Nesse tempo, ele já fará importantes exercícios de fisioterapia para que seus braços se mobilizem e possam ser sentidos", disse Biemer.

O médico avalia que serão necessários cerca de dois anos para as células nervosas dos membros superiores se desenvolverem o suficiente para que o paciente tenha condição de sentir os dedos das mãos.

"Ele não vai conseguir tocar piano, mas vai poder viver muito melhor do que com as próteses que usava", comparou o cirurgião.

Segundo os especialistas, o risco de rejeição para transplantes de membros externos é maior que o de órgãos internos.

Enquanto nas mãos quase não há medula óssea, os braços superiores têm grande quantidades de medula, composta de células que podem provocar reação de rejeição.

"As possíveis reações são mais fortes do que em quaisquer outros transplantes de órgãos, porque a pele é a grande barreira imunológica do corpo", afirmou o cirurgião plástico Edgar Biemer.

Em um transplante incluindo o braço inteiro estão presentes 20% da parcela de pele do corpo todo.

"A pele estranha é mais facilmente rejeitada pelo sistema imunológico. Mas atualmente existem vários métodos novos para evitar essas reações", disse Biemer.

O paciente terá que tomar medicamentos contra a rejeição dos membros para o resto de sua vida.

Até agora nunca foi realizado um transplante incluindo os braços.

Em fevereiro de 2003, médicos austríacos na Universidade de Innsbruck realizaram o primeiro transplante duplo de antebraços e mãos em um paciente.

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Estresse 'dobra' risco de diabetes nos homens, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Uma pesquisa realizada na Suécia sugere que homens que sofrem de alto nível de estresse podem dobrar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.

O estudo, publicado na revista científica Diabetic Medicine, analisou 2,127 homens nascidos entre 1938 e 1957 durante dez anos.

No início da pesquisa, os participantes apresentavam níveis normais de glicose e foram examinados com relação aos sintomas do estresse como fadiga, ansiedade, depressão, insônia e apatia.

Depois de dez anos, os voluntários passaram novamente por exames para avaliar os níveis de glicose e estresse. Segundo os resultados observados pelos pesquisadores, aqueles que apresentavam maior nível de estresse corriam 2.2 vezes mais risco de desenvolver diabetes tipo 2 do que os homens com baixo nível de estresse.

O estudo aponta que essa relação se manteve mesmo quando observados outros fatores como idade, massa corporal, histórico familiar de diabetes e outras variantes.

No total, 103 dos participantes foram diagnosticados como diabéticos ao final da pesquisa.

Segundo os pesquisadores, a relação entre estresse e a diabetes pode ser resultado dos efeitos do estresse na capacidade do cérebro em regular os hormônios ou ainda da influência negativa que a depressão exerce na dieta e no nível de atividade física das pessoas.

Mulheres

O estudo, realizado no Instituto Karolinska, analisou ainda 3 mil mulheres e não identificou um aumento no risco de desenvolver diabetes entre aquelas com alto nível de estresse.

De acordo com Anders Ekbom, que liderou o estudo, isso poderia ser explicado pela diferença no modo como homens e mulheres lidam com o estresse.

“Enquanto as mulheres comunicam os sintomas de estresse e depressão, os homens são menos dispostos a admitir esses sentimentos e lidam com o problema bebendo, usando drogas ou com outras ações particulares”, afirmou.

Entretanto, para Iain Frame, diretor da ONG Diabetes UK, que trabalha com pacientes diabéticos, o fato de esta relação ter sido observada apenas nos homens é “intrigante”.

"Seria interessante descobrir o porquê desta diferença. Os resultados sugerem que isso poderia ser resultado de uma influência hormonal ou de comportamento", afirmou Frame.

Segundo ele, estudos anteriores já haviam indicado que o estresse é considerado um fator de risco para a diabetes tipo 2 e o estudo realizado pelos suecos "parece confirmar esta relação".

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Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil, indica estudo

Fonte: BBC Brasil

As crianças e adolescentes brasileiros estão chegando perto dos americanos da sua faixa etária em índices de obesidade e, se não se cuidarem, poderão se tornar os novos gordinhos do século 21, indica um estudo inédito de pesquisadoras da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

O trabalho do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Uerj analisou 260 alunos de 10 a 19 anos de uma escola pública no Rio de Janeiro e verificou que 15,6% estavam acima do peso recomendado para a sua faixa etária e 11,7% já poderiam ser consideradas obesos. Nos Estados Unidos, 17% estão nessa situação, embora essa categoria não seja adotada.

"Em uma geração, essa situação já pode estar muito parecida com a dos Estados Unidos", afirma a médica de família Débora Teixeira, uma das autoras do estudo. "Nossos padrões alimentares copiam muito o dos americanos: muito açúcar, muito carboidrato."

No Brasil, uma criança tem excesso de peso quando está acima do percentil 85 da curva de índice de massa corporal ideal (IMC) para a sua faixa etária; para ser considerado obeso, é preciso ultrapassar o percentil 95.

O IMC é calculado pela divisão do peso em quilos pela altura da pessoa ao quadrado. No caso de adultos, uma pessoa é considerada acima do peso quando tem um IMC acima de um número determinado.

Para as crianças, foi desenvolvido um gráfico em curva com base em IMCs de crianças do mundo todo. Dessa forma, o índice é inserido em uma faixa mais flexível do que a tabela utilizada para adultos.

"Se uma criança estiver no percentil 85, significa que ela está acima de 85% das crianças daquela faixa etária. Por isso, ela é considerada acima do peso."

EUA

Nos Estados Unidos, o Centro para Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) só considera acima do peso quem estiver no percentil 95.

Mas especialistas como o pediatra Mark Jacobson, da Associação Americana de Pediatria, já consideram a saúde de uma criança comprometida no percentil 85.

Segundo Jacobson, se o cálculo incluísse o percentil 85, no Estado de Nova York, por exemplo, 42% das crianças já poderiam ser consideradas com "excesso de peso". No caso da escola de Vila Isabel analisada pela Uerj, por exemplo, crianças acima do peso e obesas somam 27,3%.

Teixeira diz que o estudo da Uerj retrata uma realidade específica, de uma escola urbana freqüentada por alunos da classe C, mas indica um quadro observado com cada vez mais freqüência no país.

"A gente sabe que o problema está piorando, esse estudo ajuda a gente a ter uma noção se essas pessoas vão melhorar ou não."

Situação "grave"

O endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, ressalta que, embora o Brasil esteja atrás dos Estados Unidos, o problema tem piorado tanto que, se nada for feito, o país pode caminhar para uma situação "até mais grave" do que a americana.

"Nós ainda estamos passando por uma mudança, com aumento do acesso a TV, automóvel e telefone. Nos Estados Unidos, eles já passaram por isso há 40 anos."

Jacobson também vê o risco de o Brasil seguir o caminho dos seus compatriotas. "Há semelhanças: as crianças estão mais urbanas, há menos oportunidades para atividades físicas, o fast-food está se disseminando", diz o pediatra, que já fez diversas palestras sobre o assunto no Brasil.

Uma criança obesa não só tem mais chances de se tornar um adulto obeso como aumenta as suas chances de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.

"É muito assustador porque a quantidade de pessoas que têm já problema de pressão, obesidade, diabetes é muito grande", afirma a médica Maria Inez Padula Anderson, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e uma das autoras do estudo.

"Isso (o estudo) faz a gente imaginar que a criança vai estar na mesma situação em uma idade anterior", acrescenta.

Além dos problemas físicos, a criança tende a enfrentar problemas de auto-estima que podem dificultar os seus relacionamentos e aprendizado escolar, acrescenta Débora Teixeira.

Família

Com base em estudos recentes que indicam que a obesidade dos pais é o maior fator de risco para uma criança se tornar obesa, as pesquisadoras da Uerj também avaliaram a relação entre a silhueta dos pais e a dos filhos.

De acordo com os resultados, 37,9% dos meninos acima do peso relataram ter pais com esse problema; entre os jovens com peso normal, esse índice foi de 28,7%.

O fato de as crianças que participaram do estudo serem de classe média/classe média baixa também é interpretado pelos pesquisadores como um sinal de que pelo menos hoje no Brasil não é preciso ser rico para comer demais.

Na realidade, segundo Teixeira, a pobreza pode ser "um fator de risco" para a obesidade, já que os alimentos mais baratos hoje em dia são os industrializados, com alto índice de açúcar e gordura.

Para a médica, mais acostumado a debater problemas como a fome e a desnutrição, o Brasil ainda precisa acordar para a complexidade do problema de obesidade.

"A consciência de que a obesidade é uma doença, um problema de saúde grave, é recente, não tem mais de dez, 15 anos", diz a pesquisadora. "O povo brasileiro tem uma preocupação grande com a estética, mas falta compreender o problema do ponto de vista da saúde."




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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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Brócolis pode reverter danos ao coração


Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que o brócolis pode reverter danos causados pela diabetes aos vasos sangüíneos do coração.

A equipe, da Universidade de Warwick, acredita que um composto fabricado pelo vegetal, o sulforafano, seria responsável pela produção de enzimas que protegem os vasos, e de moléculas que reduzem danos causados às células pelo excesso de açúcar.

Segundo os especialistas, os diabéticos têm até cinco vezes mais chances de desenvolver doenças vasculares, como ataques cardíacos e infartos, ambos ligados ao mau funcionamento dos vasos sangüíneos.

O estudo, divulgado na publicação científica Diabetes, testou os efeitos do sulforafano em células dos vasos sangüíneos danificadas por altos níveis de glicose (hiperglicemia), associados à diabetes.

Eles verificaram que o composto encontrado no brócolis reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio (ROS, na sigla em inglês), produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar.

Segundos os especialistas, essas moléculas danificam as células humanas.

Eles também descobriram que o sulforafano ativou uma proteína chamada nrf2, que protege células e tecidos ao produzir enzimas antioxidantes e desintoxicantes.

O coordenador da pesquisa, Paul Thornalley, disse que o estudo sugere que substâncias como o sulforafano podem ajudar a conter o aparecimento de doenças vasculares em pacientes com diabetes.

“No futuro, será importante testar se uma alimentação rica em brócolis e outros vegetais brassica (como couve-flor e repolho) pode se traduzir em benefícios para os que sofrem da doença. Esperamos que sim”, disse o pesquisador.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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Estudo atribui novos benefícios para a vitamina A


Data: 01/08/2008
Autor(a): Chico Damaso
Fotógrafo: Camila G. Marques

A deficiência de vitamina A é considerada uma das mais importantes deficiências nutricionais do mundo subdesenvolvido.

A vitamina A atua nos processos de manutenção da imunocompetência, principalmente em relação aos linfócitos, de respostas mediadas pelas células T e de ativação de macrófagos.

Estudo publicado na edição de julho da revista Pediatrics revela uma nova propriedade da vitamina A. Segundo os pesquisadores da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, uma única dose oral da vitamina ministrada a um recém-nascido em país em desenvolvimento pode reduzir seu risco de morte em até 15%.

Para chegar a esta conclusão, cerca de 16 mil recém-nascidos em comunidades rurais de Bangladesh receberam 50 mil UI (unidades internacionais) de vitamina A cerca de sete horas após o nascimento. Aos demais nascidos foi oferecido placebo.

A taxa de mortalidade nesta comunidade foi de 38,5/1000 nascidos vivos, onde apenas 10% dos nascimentos acontecem em hospitais e clínicas, fazendo da grande maioria dos partos domiciliares. O número foi 17% menor do que o registrado entre os bebês que receberam placebo, com taxa de 45,1/1000 nascidos vivos.

De acordo com o principal autor do estudo, dr. Rolf Klemm, o principal fator protetor oferecido pela vitamina A está em sua capacidade de reduzir a gravidade de infecções potencialmente fatais.

O estudo comprovou que esta intervenção de baixo custo pode reduzir também a mortalidade em recém-nascidos, e não apenas para os maiores de seis meses de idade, fato que já era conhecido.

Além de reduzir a gravidade de infecções e aumentar as chances de sobrevivência, a vitamina A possibilita a recuperação mais rápida da criança, afirma Letícia De Nardi Campos, nutricionista do Ganep Nutrição Humana e pesquisadora do Laboratório de Metabologia e Nutrição em Cirurgia (METANUTRI - LIM 35 - FMUSP).

Estudos promovidos pelo UNICEF, em 1980, indicaram que sinais clínicos de deficiência da vitamina A estão quase sempre acompanhados de manifestações de deficiência energético-protéica.

Segundo o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, do Ministério da Saúde, a carência desta vitamina é a principal causa de cegueira evitável no mundo, e está associada a 23% das mortes de crianças por diarréias.

Vitamina A

A vitamina A atua no processo de crescimento, sendo fundamental para o bom desenvolvimento das crianças, afirma Letícia De Nardi.

“Ela é muito importante para a saúde dos olhos e da visão. A falta desta vitamina pode gerar dificuldades de enxergar em lugares com luz fraca e causar alterações oculares, levando até mesmo à cegueira total”.

Segundo a nutricionista, a vitamina A é encontrada em alimentos de origem animal, tais como leite e seus derivados; frutas e legumes de cor amarelo – alaranjado, como manga, mamão, cenoura e abóbora; verduras verde-escuras, como o caruru, a bertalha e a couve, além de óleos e frutas oleaginosas, como o buriti, a pupunha, o dendê e o pequi.

A melhor fonte de vitamina A na natureza, no entanto, é o fígado de alguns peixes, como o linguado, o bacalhau e o arenque.

“Há fatores que podem interferir na absorção de vitamina A pelo organismo. Como fatores facilitadores, observam-se a necessidade de bom estado nutricional em relação à proteína e ao zinco e a presença de vitamina E, que atua como antioxidante, protegendo a vitamina A da oxidação. Fatores que podem prejudicar a biodisponibilidade da vitamina A são a má-absorção de gordura e os parasitas intestinais, como Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia”.

De acordo com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, as quantidades ideais para cada faixa etária são:

  • Crianças de 6 a 11 meses: suplemento oral (cápsula) de 100.00 UI a cada 6 meses
  • Crianças de 1 ano a 4 anos e 11 meses: suplemento oral (cápsula) de 200.00 UI a cada 6 meses
  • Mulheres no pós-parto: suplemento oral (cápsula) de 200.000 UI, uma única vez.

A vitamina A no Brasil

De acordo com Letícia De Nardi, a deficiência de vitamina A pode acarretar cegueira, com sintomas iniciais de cegueira noturna e ressecamento do olho; comprometimento do sistema imunológico, com ocorrência freqüente de diarréia e infecções respiratórias.

A população infantil do Nordeste é a mais vulnerável a estes problemas. Resultados de diversos estudos sobre o tema encontraram até 55% das crianças nestas regiões com dosagem de vitamina "A" menor que 20 mcg/dl, o que caracteriza uma situação carencial endêmica.

Com vista neste problema, o Ministério da Saúde mantém o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A com o objetivo de erradicar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de seis meses a cinco anos de idade, residentes em regiões consideradas de risco.

O programa abrange áreas consideradas de risco, como as regiões do Nordeste, Vale do Jequitinhonha (MG) e Vale do Ribeira (SP).

Esta ação visa a garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um problema de saúde pública no Brasil assegurando a suplementação de vitamina A e informando as famílias residentes em áreas de risco sobre a importância da vitamina A, incentivando o consumo de alimentos ricos neste nutriente. O programa também estabelece um sistema de monitoramento que permite a avaliação do processo e o impacto da suplementação.



Referência(s)

Agência FAPESP. Divulgação científica: Vitamina A para sobreviver. Disponível em: http://www.agencia.fapesp.br/materia/9086/divulgacao-cientifica/vitamina-a-para-sobreviver.htm. Acessado em 31.07.2008.

Ministério da Saúde. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/vita_info_publico.php?exibe_pagina=vita_programa_conceito_objetivo. Acessado em 31.07.2008.







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Lípides, lipoproteínas e apolipoproteínas como marcadores de risco de infarto do miocárdio em 52 países (o estudo INTERHEART): um estudo caso-controle

São Paulo, 25 de Julho de 2008

Debate-se amplamente se lipoproteínas são melhores marcadores que lípides e lipoproteínas na doença coronariana. Pesquisadores ligados ao estudo INTERHEART publicaram, recentemente, no Lancet, os resultados do estudo em que procuraram comparar apolipoproteínas e colesterol como índices de risco de infarto agudo do miocárdio.

Foi realizado um estudo caso-controle, padronizado, extenso, sobre infarto agudo do miocárdio em 12 461 casos e em 14 637 controles pareados para idade (mais ou menos cinco anos) e sexo em 52 países. Amostras sangüíneas não em jejum foram obtidas de 9345 casos e de 12 120 controles. Concentrações plasmáticas de lípides, lipoproteínas e de apolipoproteínas foram medidas e os riscos atribuíveis na população (PARs) foram calculados para cada medida geral e para cada grupo étnico, por comparação dos quatro quintis superiores ao menor quintil.

A razão apolipoproteína B100 (ApoB)/apolipoproteína A1 apresentou o maior PAR (54%) e o maior OR, com diferença de cada desvio-padrão (1,59; IC95% = 1,53 – 1,64). O PAR para a razão LDL-colesterol/HDL-colesterol foi igual a 37%. A PAR para a razão colesterol total/HDL-colesterol foi igual a 32%, substancialmente menor que a PAR verificada para a razão ApoB/ApoA1 (P <>

Os pesquisadores concluíram que a razão ApoB/ApoA1 não em jejum foi superior a quaisquer das razões entre colesterol e frações para a estimativa do risco de infarto agudo do miocárdio em todos os grupos étnicos, em ambos os sexos e em todas as idades, e deveria ser introduzida na prática clínica em geral.

Uma resenha de Lipids, lipoproteins, and apolipoproteins as risk markers of myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): a case-control study - The Lancet 2008;372:224-233


Caso deseje receber o trabalho na íntegra, por favor contacte nosso serviço de Informações Médicas pelo nosso site ou através do 0800 7030015.

As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.

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Nova técnica pode diminuir rejeição em transplantes

O novo procedimento envolve a mistura de glóbulos brancos do sangue do paciente com glóbulos brancos do doador.

Atualmente os pacientes que passam por transplante precisam tomar um coquetel de medicamentos para o resto de suas vidas, para diminuir a reação de seu sistema imunológico e evitar que o novo órgão seja rejeitado.

Estes medicamentos podem causar efeitos colaterais e não evitar a lenta rejeição do órgão com o tempo.

Mas um dos pacientes que participaram do estudo ficou oito meses sem tomar os imunossupressores e outros pacientes passaram a tomar doses mais baixas.

Segundo James Hutchinson, chefe da pesquisa, a nova técnica ainda está num estágio preliminar, mas os resultados nos 17 pacientes testados foram promissores.

"(A nova técnica) pode, eventualmente oferecer a pacientes que passaram por um transplante uma qualidade de vida muito maior, livre de complicados regimes de medicamentos", afirmou.

A pesquisa foi divulgada na publicação científica Transplant International.

Células especializadas

O novo procedimento prevê que os pacientes que passaram pelo transplante recebam uma mistura de células especializadas, conhecidas como células indutoras de aceitação de transplantes (TAICs, na sigla em inglês).

Os cientistas criam as TAICs isolando um tipo de glóbulo branca do sangue do doador e modificando estas células, quimicamente, no laboratório.

Uma vez modificadas, as células ganham a habilidade de matar células do sistema imunológico que desencadeiam o processo de rejeição. Estas células modificadas também aumentam a ação de outro tipo de célula imunológica, que tem um papel benéfico contra a rejeição.

As células então vão para uma cultura, junto com células do paciente que vai receber o órgão.

A técnica foi testada em pacientes de transplante de rim. Alguns deles tinham recebido a mistura de células antes da cirurgia e outros, depois do transplante, como uma terapia adicional.

Efeitos

No primeiro estágio dos testes clínicos, 12 pacientes receberam rins de doadores que já tinham morrido e receberam também as TAICs junto com remédios tradicionais contra a rejeição.

Em dez pacientes o coquetel de remédios convencionais foi retirado do tratamento gradualmente. Seis pacientes, eventualmente, receberam apenas uma dose baixa de um único remédio, diminuindo de forma substancial o risco de efeitos colaterais.

No segundo estágio dos testes, cinco pacientes que receberam rins de doadores vivos receberam a mistura das TAICs antes da cirurgia de transplante.

Um destes pacientes conseguiu ficar oito meses sem tomar nenhum dos imunossupressores e outros três tiveram o tratamento diminuído até chegar, com sucesso, a uma terapia baseada em uma única dose, mais baixa.

"Nossa pesquisa mostra claramente que fornecer as TAICs a pacientes antes do transplante de rins, ou depois do procedimento, é uma opção clínica prática e segura", afirmou James Hutchinson.

Keith Rigg, especialista em transplantes e vice-presidente da Sociedade Britânica de Transplantes, afirma que "como os autores (da pesquisa) falaram, ainda é um trabalho preliminar, e é necessário mais desenvolvimento e apuro do processo, mas este procedimento parece ter potencial".


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Sobrepeso traz infertilidade
Entrevista com a endocrinologista Denise Reis Franco, da ADJ

Além de todos os inconvenientes que a obesidade provoca e que vêm sendo divulgados à exaustão nos últimos anos, um efeito maléfico ainda é pouco conhecido de muitos “gordinhos”. O excesso de peso pode também ser responsável pela infertilidade e, por isso, homens acima do peso que gostariam de ser pais muitas vezes não têm outra alternativa que reduzir o prato e suar mais na academia.

Recentemente, um novo estudo abordando essa questão foi divulgado pela Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia. Os pesquisadores acompanharam cerca de 5 mil homens e analisaram amostras de esperma e sua classificação em relação ao IMC (Índice de Massa Corpórea). O estudo, feito na Escócia, mostrou que os obesos tinham 60% mais chance de ter baixo volume de esperma e 40% de chance de ter alguma anormalidade no esperma.

Segundo a endocrinologista Denise Reis Franco, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), a obesidade leva a alterações hormonais no homem, entre as quais a redução dos níveis de testosterona e aumento na produção de estrógenos, o que pode comprometer a função reprodutora. A obesidade também pode aumentar a produção de outros hormônios, como o cortisol e o hormônio do crescimento, o que favorece o aparecimento da resistência insulínica e compromete mais o metabolismo lipídico desses pacientes, explica a endocrinologista.

“Homens obesos inférteis sempre são aconselhados a perder peso e a infertilidade é um dos fatores que influem na decisão de indicar uma gastroplastia para redução de estômago”, explica Denise.

Nas mulheres, a obesidade também pode produzir infertilidade, num processo que está relacionado à síndrome dos ovários policísticos. A obesidade levaria a uma situação de resistência insulínica que nos ovários poderia aumentar a producão de testosterona e diminuir a de estrógeno e progesterona, alterando conseqüentemente a ovulação.

A boa notícia é que a infertilidade provocada por excesso de peso não é um processo definitivo e pode ser revertida após o emagrecimento.



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terça-feira, 5 de agosto de 2008

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Tratar tuberculose reduz efeito de remédio para Aids, diz estudo


Uma pesquisa da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, afirmou que certos pacientes portadores do vírus HIV em tratamento para tuberculose podem não obter todos os benefícios da terapia anti-retroviral contra o vírus da Aids.

A nevirapina, um anti-retroviral barato usado para tratar o HIV em países em desenvolvimento, não funciona tão bem em pacientes que estão fazendo o tratamento para tuberculose, segundo o estudo.

Outro remédio, o efavirenz, parece não ser afetado pelo tratamento de tuberculose. Mas o efavirenz é mais caro.

Os pesquisadores analisaram quase quatro mil pacientes sul-africanos que iniciaram a terapia com anti-retrovirais entre 2001 e 2006.

Os estudiosos descobriram que os pacientes com tuberculose que também eram tratados com nevirapina tinham o dobro de chances de ter uma carga viral mais alta - ou seja, níveis altos de HIV em seu sistema - do que aqueles que não tinham tuberculose.

Acredita-se que os medicamentos para tuberculose aceleram a perda de força da nevirapina no corpo do paciente.


Custo

Em países mais pobres, a terapia anti-retroviral geralmente é iniciada em clínicas de tratamento de tuberculose, pois a doença é uma infecção comum em pacientes com o vírus HIV.

A nevirapina é uma escolha comum devido ao seu custo mais baixo e pelo fato de poder ser usada em mulheres em idade fértil.

Andrew Boulle, chefe da pesquisa, afirmou que, devido ao uso contínuo de terapias baseadas na nevirapina no continente africano, e à importância dos serviços de tratamento de tuberculose para iniciar a terapia de HIV nos pacientes, serão realizados mais estudos.

"Um dos pontos que chama mais a atenção em nosso estudo foi a demonstração de que 40% dos pacientes que começam a terapia anti-retroviral nos últimos anos têm tuberculose concomitante, destacando a importância, para o setor de saúde pública, de melhorar as opções de tratamento para pacientes com HIV e tuberculose", afirmou.

O estudo foi publicado na publicação científica Journal of the American Medical Association.



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Injeção de vitamina C combate câncer em camundongo, afirma estudo

Fonte: Portal G1

Ingerir vitamina C não tem efeito nenhum sobre o câncer, mas a molécula pode ser uma arma eficaz contra tumores caso seja injetada, afirmam pesquisadores nos EUA. Em estudo na revista científica "PNAS", Mark Levine e seus colegas dos Institutos Nacionais de Saúde americanos relatam que camundongos cancerosos que receberam injeções diárias com uma dose elevada de vitamina C tiveram uma redução de cerca de 50% no crescimento de seus tumores. A dose aparentemente é segura para células humanas, o que pode significar que a vitamina C vai se tornar um componente inútil em tratamentos quimioterápicos.






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Fábio Santos
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